Saturday, November 23, 2019

Spider by Fernando Pessoa

The spider of my destiny
Spins webs out of my vacancy.
I didn't know what it was as a boy,
And grown, there’s been no discovery.
What ever-spreading tangles
Trap me by my wishing to twist ...
My life is one that dangles
In awareness it exists.
Weaving from hold to hold
The spider of my fate ...
Prey to my scaffold.
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A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.